terça-feira, 26 de maio de 2015

A ostentação do ouro

Cordões, anéis, relógios e até dentaduras de ouro definem quem são os poderosos.

      A moda da ostentação atinge o mundo e algumas pessoas utilizam do ouro para exibir seu poder financeiro. Os não tão poderosos também se esforçam para aparentar ser. O ouro, desde o início dos tempos é sinal de riqueza e está sendo um grande alvo dessa nova moda, onde os ricos e poderosos são aqueles de cordões de ouro mais pesados, vários anéis, correntes, brincos, e alguns, até dentes de ouro.
      Em Dubai os poderosos empresários e sheiks desfilam com seus carros dourados, enquanto mulheres se embelezam com dentaduras também de ouro. Os Emirados Árabes são a capital mundial da ostentação do ouro, onde, em alguns de seus países se encontram caixas eletrônicos permitindo a retirada das barras de ouro como se tira dinheiro, por meio de saques.
      No Brasil, o mundo do funk tem chamado atenção pelos cordões e correntes extremamente chamativos. Mesmo em outras culturas brasileiras, o ouro marca sua presença, de forma mais discreta, em brincos, colares e relógios de empresários e socialites. Poucos são aqueles de alto poder aquisitivo a dispensar serem donos de pelo menos, um objeto de ouro.

Por: Amanda Baruch

Ostentação pela visão de Max Webber

Autores: 
 Ariadne Salvador
 Deborah Rocha
 Elaine Lima
 Jefferson Francisco
 Luana dos Anjos
 Thaís Queiroz


Esta análise se dá em virtude ao tema ostentação em pet shops, com o intuito de

analisar quando o cuidado com o animal de estimação deixa de ser algo necessário para

se tornar algo fútil e exibicionista.


A atividade proposta tem como objetivo estudar a ostentação em pet shops,

baseada em teorias do filósofo Max Weber, relacionando seu estudo do capitalismo e do

chamado processo de racionalização e desencantamento do mundo.

Serão desenvolvidos temas de serviços feitos em animais de estimação, que

passam dos cuidados obrigatórios, como vacinação, tosa e banho, para um mundo de

serviços e adereços que são utilizados em pessoas, se tornando até um processo de

humanização, como chamam os veterinários.


  À frente serão mostradas informações sobre esse novo hit, pet ostentação, que

invadiu o Brasil, contendo uma série de informações a respeito dos benefícios e

malefícios que um dono pode trazer para seu pet, como também orientar de forma

acadêmica o ponto de vista filosófico de Max Weber, sobre o tema proposto.

Utilizou-se como metodologia a pesquisa sobre os estudos de Weber focado na

ação social e as normas da ABN,  tendo em seu universo os animais e as pessoas que

gastam excessivamente com eles.


A ação é definida por Weber como toda conduta humana (ato, omissão,

permissão) dotada de um significado subjetivo dado por quem a executa e que

orienta essa ação. Quando tal orientação tem em vista a ação - passada, presente ou

futura - de outro ou de outros agentes que podem ser

“individualizados e conhecidos ou uma pluralidade de indivíduos

indeterminados e completamente desconhecidos” - o público, a audiência de

um programa, a família do agente etc. - a ação passa a ser definida como

social. 


Os excessivos gastos com os animais podem ser explicados como ação social,

pois as pessoas formulam suas ações com a preocupação sobre o que os outros irão

pensar sobre isso. Um grande nicho de mercado nasceu por conta disso, muitas

pessoas gastam dinheiro levando os seus cachorros nos Salão de beleza caninos, para

que os cães recebam tratamentos como; hidratação nos pelos, “escova” e manicures.

Não há benefícios na saúde do cachorro com esses tratamentos, mas, no entanto, os

donos podem exibir os seus cachorros que estão vestidos com joias ou roupas caras,

para todos.

Para compreender uma ação através do método científico, o sociólogo

trabalha então com uma elaboração limite, essencial para o estudo

sociológico, que chama de tipos puros ou ideais, vazios de realidade

concreta ou estranhos ao mundo, ou seja: abstratos, conceituais.


A ostentação torna-se melhor entendível quando se utiliza da compreensão de

ação social em suas divisões sendo ela, abstrata ou conceitual. O ato de ostentar é

uma forma de fazer parte de um grupo, no qual o dinheiro rege este sistema. Em

relação ao pet shop e seus usuários que gastam muito dinheiro em tratamentos para

os cães e enfeites, o cão torna-se o objeto de exibição e o ato de ostentar ganha mais

um elemento.  Os donos desses cães sentem orgulho ao exibi-los para a sociedade,

porque muitos apresentam nos seus cachorros, uma extensão dos seus desejos

estéticos, como é o caso das pessoas que vestem os cães com joias caras,

combinando com as suas.


A conduta pode também não ter qualquer motivação racional, como é o caso

daquelas de tipo afetivo e de tipo tradicional. Diz-se que o sujeito age de

modo afetivo quando sua ação é inspirada em suas emoções imediatas -

vingança, desespero, admiração, orgulho, medo, inveja, entusiasmo, desejo,

compaixão, gosto estético ou alimentar etc. 


A ação social é dotada de sentido, e o sentido que foi observado é o afetivo. A

ação social racional com relação a fins ou a valores, não se encaixa neste contexto

pois necessariamente o indivíduo toma suas ações a partir de uma explicação ou

comprovação cientifica, econômica ou de uma pessoa altamente confiável. O que não

se encontra na ostentação com os animais, pois não tem nenhum estudo comprovado

que levar os animais para salões de beleza ou enche-los de adereços apresenta algum

ganho positivo na saúde do animal. Não é uma ação tradicional, pois este costume

não é passado de pai para filho ou é arraigado na sociedade. A ostentação com os

animais é um fenômeno novo que vem ganhando mais espaço e uma grande adesão.


Considerando o tema ostentação, direcionamos o foco do nosso trabalho para a

relação do dono e o seu animal de estimação observado como um objeto para agregar

valor a sua condição no meio da sociedade. Relacionado à reflexão de Weber, a

sociedade pode ser entendida a partir do conjunto de ações individuais. No caso de

todo tipo de ação que o indivíduo faz, orientado pela ação de outros.

Os consumidores de produtos para animais domésticos possuem uma tendência

de modo geral de investirem cada vez mais no supérfluo do que somente nas suas

necessidades básicas atualmente.


Pode parecer uma forma de lidar com os animais um pouco diferente, porém os

sapatos, chapéus, roupas, joias ou coleiras de couro para deixar os bichanos cada vez

mais estilosos, para as outras pessoas é algo ridículo, vaidade ou exagero do dono.

Porém ter um animal de raça nobre e bem valorizada é como transmitir a sensação de

poder e disputar status.


A questão da ação afetiva e sentimental ultrapassa a racionalidade individual,

investir no luxo em demasia e o total exibicionismo para com os animais é a

reafirmação de uma conquista própria para alcançar na sociedade prestígio e

admiração.

A noite e suas riquezas

Está cada vez mais clara a forma que as pessoas mostram ou exibem com

alarde seus bens, seus trajes e suas capacidades de estarem de forma luxuosa

em festas. E em Salvador não está sendo nada diferente. As casas noturnas

estão sempre com um público que faz questão de praticar a ostentação e deixa

isso bem nítido, mostrando que pode sim proceder com toda essa glória

luxuosa tanto em festas pequenas como em festas com grande estrutura e

público nacional.

Tornou-se impossível não perceber a chegada desses baladeiros em seus

carros esplêndidos e seus trajes de grifes. Uma mesa com vários combos de

bebidas já é uma marca registrada nas noites de festas. E essa ostentação

envolve ambos os sexos. Mulheres tem buscado independência financeira para

poderem mostrar que não estão atrás de homem nenhum, e chegam já

esbanjando ostentações em roupas e acessórios principalmente.  É com essa

cena, que o luxo e a ostentação se tornam claros e se expandem ainda mais

nas festas acontecidas na capital.


Por: Sabrina Mello
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